sábado, 12 de março de 2016

Mestre por que o Senhor diz que Eu devo plantar a minha própria Árvore


Esta frase pode ser interpretada de diferentes maneiras, dependendo da vontade de cada um. Pode ser que vejamos nela apenas o significado literal das palavras, o que nos dará uma interpretação superficial, a nível deste mundo robótico e materialista no qual vivemos. Podemos expandir nossa interpretação até onde nossa vontade permitir, englobando nossa intuição, nossas vivências, nossos conhecimentos e sabedoria. Assim, podemos nos aprofundar e descortinar um mundo mais espiritualizado, introspectivo e consciente da realidade verdadeira da nossa existência.
Diz-se que todo homem (ser humano), antes de morrer (corpo físico), deve “plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro”. Essa frase tem um significado muito profundo, que nos leva à nossa origem, nos religando à energia divina e nos ensinando um caminho de volta ao nosso Pai.
A árvore tem uma simbologia muito significativa.  Ela é relacionada em todos os mitos relativos à criação do mundo, assim como em muitas tradições, sem que tenha havido qualquer contato entre elas.
No Genesis 2:8-9 diz:  “E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, da bando do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.”
Continuando no Genesis 2:15-17 diz: “Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
A partir do fato de que Adão e Eva comeram da árvore proibida, a árvore do conhecimento do bem e do mal, desobedecendo a Deus, eles foram expulsos  do  jardim do Éden e se tornaram mortais. A árvore da vida, entretanto, é a árvore da vida eterna, mencionada no início da Bíblia e no seu final, mostrando-nos aqueles que terão direito à árvore da vida e entrarão na casa do Pai.
A árvore da vida é, portanto, o símbolo da vida, que nos mantém conectados a Deus, e é o caminho que nos levará de volta ao Seu reino. Essa árvore nos dá a certeza de que não somos meramente seres carnais e finitos, mas que somos, antes de qualquer coisa, seres espirituais, em transição, num corpo material, para neste plano da criação nos redimirmos e, então, ascendermos à casa do Pai.
Ao renascermos neste plano material, Deus nos dá mais uma oportunidade de vir por meio de uma Mãe, ou seja, pela benevolência da mulher, que cede seu útero para nos receber. Representa o ponto da “reversão universal”.  Esta ação é denominada a “HORA DE MARIA”, a 6ª hora, pois é pela “força de Maria” que Deus nos concede essa oportunidade de continuar a nossa caminhada evolutiva.  Deus não nos aceitará de volta até nossa verdadeira redenção, ou seja, até que todos nossos pensamentos, palavras e ações correspondam à Sua vontade, porque Ele só aceita os Seus Filhos de volta, aqueles criados conforme a Sua semelhança e vontade, mas não as “criações” de Seus filhos, ou seja, o ego que criamos a cada nova vida.
No decorrer da nossa evolução, vamos penetrando na consciência profunda da nossa alma, ao estado embrionário de nós mesmos, recuperando a Consciência Primordial da Criação. Essa é a hora na qual o ser se espiritualiza, ou seja, adquire a consciência da sua origem e do seu destino – é a 7ª hora. A hora que o ser entende que não é apenas carne, mas também uma alma em evolução.
PLANTAR UMA ÁRVORE significa que cada um de nós tem que plantar a sua semente espiritual. Quando germinar, a semente “morre”, transformando-se numa árvore que faz parte da grande árvore da vida de toda a humanidade. É uma árvore do Amor, lembremo-nos disso. Essa árvore é a árvore da nossa existência, em comunhão com nosso Criador. E somente por meio das nossas ações, pensamentos e sentimentos, fazendo com que a nossa essência divina atue através de nós, é que poderemos fazer essa árvore “crescer”, ou seja, poderemos evoluir.
Evoluir significa assumir a responsabilidade pelos nossos erros e imperfeições e fazer com que eles promovam a nossa melhoria como seres humanos. Para isso precisamos fazer “restrição”, ou seja, controlar nosso ego materialista, permitindo que nossa alma (Eu Interior) se sobressaia. Nossa alma traz consigo a essência divina e conhece os caminhos para nossa evolução. Cultivar nossa árvore da vida significa fazer com que a Luz Divina que existe dentro de nós se irradie ao nosso redor e para o mundo.
É preciso que cada um aprenda a enxergar a sua própria Luz, e não procurar mais fora de si aquilo que só se encontra dentro de si mesmo. É a partir do seu Centro, ou seja, de seu Eu Interior Divino, que encontraremos o caminho do equilíbrio e harmonia.
TER UM FILHO nada mais é do que compartilhar o seu conhecimento. Ter um filho é ter um “discípulo”. Não importa quem seja, pode ser um filho ou filha, um amigo ou amiga, enfim alguém que você compartilha uma palavra de força e coragem, momentos de Amor incondicional.
É deixar uma parte sua dentro de alguém ou mesmo de qualquer ser da Criação. Temos responsabilidade com as plantas que permeiam nossa vida, nosso caminho, nosso espaço. Precisamos do ar para respirar e quem faz esse ar ficar puro e limpo para nós, são as plantas. Também os animais estão na senda evolutiva e compartilham conosco sua vida, seus sentimentos, sua alegria ou dor. Cada um tem um porquê de existir, e com certeza não foram criados para serem mortos, machucados e maltratados pelos homens, que deveriam ter muito mais consciência da necessidade de existência de cada um.
Poder deixar algo de nós mesmos pelo caminho da nossa vida e de toda nossa existência, é uma dádiva divina, o nosso livre-arbítrio. Esse é o compartilhar de si mesmo para com o próximo, é a manifestação de Deus no mundo.
ESCREVER UM LIVRO, por sua vez, é escrever a sua história. Cada um escreve a sua própria história, ou seja, é responsável por tudo na sua vida e define a sua trajetória conforme os seus pensamentos, palavras e ações, os quais ficarão registrados nas páginas do seu livro.
Assim, esse livro contém a história da existência de cada um, a cada nova vida. Registra tudo o que amamos. Registra as coisas boas e ruins que fizemos, conforme as Leis Divinas.  Seu conteúdo define nossa trajetória e evolução.
Será que ao lermos nosso próprio livro, vamos gostar do que lemos?
Escrever um bom livro significa fazer da sua história um exemplo de superação dia após dia, que mostre uma sintonia cada vez maior com os ensinamentos do nosso Mestre Jesus e as Leis Divinas. O “velho homem”, aquele que se deixava iludir com as coisas materiais e efêmeras, dá lugar ao “novo homem”, aquele que se espiritualizou (a semente “germinou”), que compreendeu o sentido da sua vida, assim como sua origem e seu destino. O “novo homem” encontrou a verdadeira realidade, que não é este mundo material, mas sim o espiritual. Ele entendeu que a vida robótica, ou seja, aquela na qual se faz tudo mecanicamente, sem pensar, só buscando prazeres temporários, não o fará feliz a não ser por uns minutos ou dias. Depois seu prazer passa e ele precisa de outro prazer para se sentir feliz.  O “novo homem” entendeu, e muitas vezes a duras penas, por meio de tragédias, dores físicas ou psicológicas profundas, que o que realmente importa é aquilo que traz a realização espiritual e, portanto, duradoura, eterna. Entendeu que só o compartilhar na vida é que pode transcender de um plano para outro, porque é por meio do compartilhar que conseguimos “amar ao próximo como a si mesmo”.
Compartilhar é não pensar apenas em si mesmo, mas considerar que o outro está no mesmo caminho que você e, portanto, se todos souberem atender as necessidades uns dos outros, se todos apoiarem-se  e respeitarem-se uns aos outros, se forem benevolentes e pacientes com as diferenças, permitindo que cada um prossiga no seu caminho conforme o seu livre-arbítrio, se amarem a todos os seres da Criação cuidando e preservando, uma vez que uns precisam dos outros para sobreviver neste planeta, se ouvirem o que o seu Eu Interior, o seu Ser Divino, tem a dizer, com certeza as páginas do seu livro serão dignas de contemplação e merecedoras da misericórdia divina.

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