quinta-feira, 25 de outubro de 2018

"AH SE EU SOUBESSE..."

Se eu soubesse que a vida real não era na matéria…


Se eu soubesse que a vida real não era na matéria… se eu soubesse que a realidade não é de sofrimento, mas de paz e liberdade… se eu soubesse que nada que existia na matéria é permanente, que lá é tudo passageiro, eu não teria brigado no trânsito, batido nos meus filhos, me apegado a tantas coisas efêmeras…
Ah se eu soubesse…. teria ajudado muito mais gente, teria me enriquecido com amor e luz, teria deixado de lado esses problemas pequenininhos, teria feito caridade aos necessitados, teria deixado o amor fluir, teria me atirado no bem sem nenhuma preocupação, teria sido mais humilde, teria vivido em paz…
Ah se eu soubesse… teria passado mais tempo com aqueles que amo, teria me preocupado menos, teria tido mais paciência, teria me soltado mais, me desprendido mais, teria vivido mais livre, de forma mais espontânea, mais natural, teria visto o lado bom de tudo, teria valorizado as coisas simples da vida.
Ah se eu soubesse… se soubesse que a vida na Terra vai e vem, que tudo se esvai, que nada é permanente, que não existe algo fixo, imutável. Se eu soubesse que tudo começa e termina, que os relacionamentos começam e terminam, que a dor lateja e depois vem o alívio.
Ah se eu soubesse… se soubesse que os arrogantes sobem, ficam no topo e caem por si mesmos; caem pelo seu próprio castelo de cartas da ilusão que criaram. Se eu soubesse que os ricos podem se tornar pobres de espírito, e que os pobres podem ser muito ricos de espírito. Se soubesse que as diferenças sociais se extinguem, que na morte todos somos filhos do universo, que a fome é saciada, que a sede é aliviada, que a violência só traz mais violência, que os injustiçados são compensados, que os perdidos sempre se encontram, e quem está demasiadamente seguro de si acaba se perdendo.
Ah se eu soubesse… que a vida espiritual é a vida real, que as mágoas corroem o espirito, que a cobiça gera insatisfação, que a lisonja só cria humilhação, que a preguiça gera estagnação. Se eu soubesse que o medo é sempre maior do que a mente engendrou eu teria me arriscado mais, teria ousado, teria tido a coragem de ser o que eu sou, teria retirado essa máscara que encobria minha verdade, teria desatado o compromisso com o logro, com a burla, teria assumido minha integridade sem divisões, sem fragmentos.
Ah se eu soubesse… não teria cortejado o sucesso, não teria me atirado ao poço fundo, vazio e solitário da avidez, não teria me enganado de que, ao atingir o topo, a descida é o único caminho. Se eu soubesse que o mundo é uma doce miragem eu rejeitaria a pueril busca pela sensualidade. Largaria com afinco os prazeres e vícios da juventude. Se soubesse que tudo muda e nada se encerra, teria posto de lado as moléstias da nostalgia.
Ah se eu soubesse, teria menos pressa, olharia mais para a vida, veria mais o nascer do dia, comeria com calma o pão de cada manhã, teria plantado uma árvore, corrido no jardim, deitado no chão e rolado na grama. Teria mergulhado e me perdido no tempo, solto em reflexões sobre os mistérios da vida. Teria me desimpedido de autocobranças, teria me aceitado como sou e aceitado o milagre da vida como ele é.
Ah se eu soubesse… que o mar espiritual é infinito de bençãos, não teria digladiado por um copo de água ao lado do grandioso oceano da plenitude. Teria deixado todas as quimeras de lado, e vivido mais a vida, a existência, o cosmos, a liberdade, o eterno presente e a eterna aurora.
Ah se eu soubesse… teria renunciado aos hábitos arraigados, as discussões estéreis, a especulação teórica. Se eu soubesse, teria permanecido mais na natureza, observando os pássaros, molhando as mãos no rio, sentindo o vento, me aquecendo ao sol da manhã, sujado as mãos na lama e sentido o frescor da chuva. Se eu soubesse que sou um ser em desenvolvimento na essência inesgotável e eterna da vida, teria sido infinitamente mais livre e feliz.



Autor: Hugo Lapa
Fonte: mensagemespirita.com.br

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Criei o costume de toda semana comprar sequilho com goiabada

Comê-lo bebendo um café sem açúcar tornou-se, sem exagero


Criei o costume de toda semana comprar sequilho com goiabada na padaria perto daqui de casa. Comê-lo bebendo um café sem açúcar tornou-se, sem exagero, um dos momentos mais deliciosos da semana. Mas a goiabada me incomodava. Não necessariamente ela, mas sua pouca quantidade. Era um pingo no meio do sequilho.
Reclamei na padaria, chamei o padeiro de usura e tudo mais.
Outro dia, voltando do trabalho, passei pela padaria e, pra minha sorte, disseram que havia um sequilho especial pra mim. Lá estava, o meu sonho num sequilho de um real. Quase que completamente coberto de goiabada.
Chegando em casa, preparado o café e toda a ritualística necessária para consumir o apetecível sequilho, ocorreu que não comi nem a metade. Enjoei na segunda mordida. Doce demais, chegava a dar náuseas.
Dia seguinte, cheguei na padaria e lá estava: outro sequilho coberto de goiabada. Me ofereceram e, por vergonha de dizer que odiei o do dia anterior, comprei. Em casa, raspei a goiabada e comi.
O problema, o inferno, não era a goiabada nem o padeiro, era eu. Fui eu quem, amando o que amava, queria do meu jeito, sem entender que eu gostava era do jeito que era, porque se do meu jeito fosse, eu rejeitaria, enjoaria e até tentaria fazê-lo voltar a ser como era.
Assim fazemos com as pessoas também. No início as amamos como são, depois que estão conosco começamos a criticar, tentamos mudá-las, tentamos "colocar do nosso jeito", sem saber que nosso jeito são nossas projeções, pessoas que não existem, e que se existissem, enjoaríamos delas.
Transformamos para descartar, porque quando aquela pessoa muda, muito provavelmente quem gostávamos não está mais lá.
Essa semana voltei à padaria, pedi o sequilho sem goiabada e mandei avisar ao padeiro que a receita original dele é que era a boa e não a minha versão.
Abençoados sejam meus amigos, cada qual a sua maneira e o seu jeito de ser.
Grande abraço.

Em homenagem à cada amigo que, com seu jeito diferente de ser, não devemos desprezar nem ignorar, muito menos querer mudar. Vamos amando uns aos outros e respeitando as diferenças

terça-feira, 11 de setembro de 2018

A inutilidade e o amor

Por Padre Fábio de Melo


Ter que ser útil pra alguém é uma coisa muito cansativa. É interessante você saber fazer as coisas, mas acredito que a utilidade é um território muito perigoso porque, muitas vezes, a gente acha que o outro gosta da gente, mas não. Ele está interessado naquilo que a gente faz por ele. E é por isso que a velhice é esse tempo em que passa a utilidade e aí fica só o seu significado como pessoa. Eu acho que é um momento que a gente purifica, né? É o momento em que a gente vai ter a oportunidade de saber quem nos ama de verdade.
Porque só nos ama, só vai ficar até o fim, aquele que, depois da nossa utilidade, descobrir o nosso significado. Por isso eu sempre peço a Deus para poder envelhecer ao lado das pessoas que me amem. Aquelas pessoas que possam me proporcionar a tranquilidade de ser inútil, mas ao mesmo tempo, sem perder o valor.
Quero ter ao meu lado alguém que saiba acolher a minha inutilidade. Alguém que olhe pra mim assim, que possa saber que eu não servirei pra muita coisa, mas que continuarei tendo meu valor.
Porque a vida é assim, fique esperto, viu? Se você quiser saber se o outro te ama de verdade é só identificar se ele seria capaz de tolerar a sua inutilidade. Quer saber se você ama alguém? Pergunte a si mesmo: quem nessa vida já pode ficar inútil pra você sem que você sinta o desejo de jogá-lo fora?
É assim que descobrimos o significado do amor. Só o amor nos dá condições de cuidar do outro até o fim. Por isso eu digo: feliz aquele que tem ao final da vida, a graça de ser olhado nos olhos e ouvir do outro: “você não serve pra nada, mas eu não sei viver sem você”.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Deus, guia-me por entre as trevas, Ilumina meu caminho.

Ilumina meu caminho.


Dá-me forças para caminhar pelo estreito caminho da salvação.
Orienta-me para não me julgar nem pior nem melhor que ninguém.
Que nenhuma injustiça me faça injusto.
Que as ingratidões não me tornem ingrato.
Que nenhuma maldade que eu venha receber me faça mal.
Que eu possa, meu Deus, preferir receber todas as injustiças e maldades a fazer uma só.
Ajuda-me a servir, mesmo nos pequenos atos, e auxilia-me a vencer o egoísmo de querer ser servido.
Ó meu Deus! que seja feliz servindo com amor, sem, contudo, esquecer de fazer a felicidade de outros.
Faze de minha vida um luminoso reflexo de sua luz!



Silvana Magalhães

quinta-feira, 19 de julho de 2018

É essa fé bonita que tenho em Deus que me faz acreditar em recomeços


"É essa fé bonita que tenho em Deus que me faz acreditar em recomeços, em sonhos impossíveis, em caminhos difíceis, em curas e milagres. 
Digo bonita porque não é fácil a gente viver desejando, não é fácil acordarmos todos os dias e saber que teremos desafios pela frente. Não é fácil conquistar e vencer quando somos obrigados a colocar um sorriso nos lábios e uma força tamanha para não desistirmos daquelas coisas grandes que só o coração da gente sabe o quanto são valiosas e o quanto já nos fizeram chorar. 
É esta fé que enfeita a minha vida, que faz florescer em mim as certezas, que não me deixa desanimar, que me permite acreditar que uma hora ou outra eu chego lá. 
O que tenho a dizer a você é que para a gente alcançar seja lá o que for, a gente precisa sim crer no impossível. A gente tem que colocar os pés no chão e tomar posse daquilo que ninguém acredita. A gente tem que ser corajoso o suficiente para encarar a vida, as adversidades, os ventos e dizer 'Sou mais eu'. 
A gente tem que batalhar para ser e ter. 
O que vem fácil não nos faz ter histórias, mas o que o nosso suor desenha tem vida, tem experiências, tem aquela alegria boa que vem de dentro nos fazendo gritar 'Eu consegui!'."

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Recomeçar

Quando a vida bater forte e a sua alma sangrar.



Quando a vida bater forte e a sua alma sangrar.
Quando esse mundo pesado lhe ferir, lhe esmagar.
É hora do recomeço. Recomece a lutar.

Quando tudo for escuro e nada iluminar.
Quando tudo for incerto e você só duvidar.
É hora do recomeço. Recomece a acreditar.

Quando a estrada for longa e seu corpo fraquejar.
Quando não houver caminho nem um lugar pra chegar.
É hora do recomeço. Recomece a caminhar.

Quando o mal for evidente e o amor se ocultar.
Quando o peito for vazio e o abraço faltar.
É hora do recomeço. Recomece a amar.

Quando você cair e ninguém lhe amparar.
Quando a força do que é ruim conseguir lhe derrubar.
É hora do recomeço. Recomece a levantar.

E quando a falta de esperança decidir lhe açoitar.
Se tudo que for real for difícil suportar.
É hora do recomeço. Recomece a sonhar.

É preciso de um final pra poder recomeçar.
Como é preciso cair pra poder se levantar.
Nem sempre engatar a ré significa voltar.

Remarque aquele encontro. Reconquiste um amor.
Reúna quem lhe quer bem. Reconforte um sofredor.
Reanime quem tá triste e reaprenda na dor.

Recomece! Se refaça! Relembre o que foi bom.
Reconstrua cada sonho. Redescubra algum dom.
Reaprenda quando errar. Rebole quando dançar.

E se um dia lá na frente, a vida der uma ré,
Recupere a sua fé, e recomece novamente.





Bráulio Bessa

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Maturidade Espiritual = Jalal ad-Din Muhammad Rumi


O que é veneno?
– Qualquer coisa além do que precisamos é veneno. Pode ser poder, preguiça, comida, ego, ambição, medo, raiva, ou o que for.
O que é o medo?
– Não aceitação da incerteza. Se aceitamos a incerteza, ela se torna aventura.
O que é a inveja?
– Não aceitação do bem no outro. Se aceitamos o bem, se torna inspiração.
O que é raiva?
– Não aceitação do que está além do nosso controle. Se aceitamos, se torna tolerância.
O que é ódio?
– Não aceitação das pessoas como elas são. Se aceitamos incondicionalmente, então se torna amor.

O que é maturidade espiritual?

1. É quando você para de tentar mudar os outros e se concentra em mudar a si mesmo.
2. É quando você aceita as pessoas como elas são.
3. É quando você entende que todos estão certos em sua própria perspectiva.
4. É quando você aprende a “deixar ir”.
5. É quando você é capaz de não ter “expectativas” em um relacionamento, e se doa pelo bem de se doar.
6. É quando você entende que o que você faz, você faz para a sua própria paz.
7. É quando você para de provar para o mundo, o quão inteligente você é.
8. É quando você não busca aprovação dos outros.
9. É quando você para de se comparar com os outros.
10. É quando você está em paz consigo mesmo.
11. Maturidade espiritual é quando você é capaz de distinguir entre ” precisar ” e “querer” e é capaz de deixar ir o seu querer.
E por último, mas mais significativo!
12. Você ganha maturidade espiritual quando você para de anexar “felicidade” em coisas materiais!”
Vídeo


domingo, 8 de abril de 2018

Eu liberto meus pais do sentimento de que já falharam comigo.


Eu liberto meus pais do sentimento de que já falharam comigo.

Eu liberto meus filhos da necessidade de trazerem orgulho para mim; que possam escrever seus próprios caminhos de acordo com seus corações, que sussurram o tempo todo em seus ouvidos.

Eu liberto meu parceiro da obrigação de me completar. Não me falta nada, aprendo com todos os seres o tempo todo.

Agradeço aos meus avós e antepassados que se reuniram para que hoje eu respire a vida.
Libero-os das falhas do passado e dos desejos que não cumpriram, conscientes de que fizeram o melhor que puderam para resolver suas situações dentro da consciência que tinham naquele momento. Eu os honro, os amo e reconheço inocentes.
Eu me desnudo diante de seus olhos, por isso eles sabem que eu não escondo nem devo nada além de ser fiel a mim mesmo e à minha própria existência, que caminhando com a sabedoria do coração, estou ciente de que cumpro o meu projeto de vida, livre de lealdades familiares invisíveis e visíveis que possam perturbar minha Paz e Felicidade, que são minhas únicas responsabilidades.

Eu renuncio ao papel de salvador, de ser aquele que une ou cumpre as expectativas dos outros.

Aprendendo através, e somente através, do AMOR, eu abençoo minha essência, minha maneira de expressar, mesmo que alguém possa não me entender.
Eu entendo a mim mesmo, porque só eu vivi e experimentei minha história; porque me conheço, sei quem sou, o que eu sinto, o que eu faço e por que faço.
Me respeito e me aprovo.
Eu honro a Divindade em mim e em você... Somos livres."


(Essa antiga bênção foi criada no idioma Nahuatl, falado desde o século VII na região central do México. Ela trata de perdão, carinho, desapego e libertação. )


Tetê Vasconcelos

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

"Talvez eu venha a envelhecer rápido demais. Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.

Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida


Talvez eu venha a envelhecer rápido demais. Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.
Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida. Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.
Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais. Mas jamais irei me considerar um derrotado.
Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda. Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão.
Talvez um dia o sol deixe de brilhar. Mas então irei me banhar na chuva.
Talvez um dia eu sofra alguma injustiça. Mas jamais irei assumir o papel de vítima.
Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos. Mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderão em minha direção.
Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas. Mas não terei vergonha por esse gesto.
Talvez eu seja enganado inúmeras vezes. Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém merece a minha confiança.
Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros. Mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho.
Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades. Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.
Talvez algumas pessoas queiram o meu mal. Mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar.
Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritmo da música. Mas então, farei que a música siga o compasso dos meus passos.
Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris. Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.
Talvez hoje eu me sinta fraco. Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.
Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias. Mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.
Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música. Mas ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.
Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações. Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.
Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se a minha companheira. Mas ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo.
Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser. Mas passarei a admirar quem sou. Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor.

E se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado: “ainda não chegou o fim” Porque no final não haverá nenhum “talvez” e sim a certeza de que a minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia."


Aristóteles Onassis

domingo, 14 de janeiro de 2018